domingo, 19 de octubre de 2008

em português/بالبرتغالية

Muhsin Al- Ramli


Tradução: Fátima Pacheco



Muhsin Al-Ramli, Nascido no Iraque em 1967. Ele mora na Espanha desde 1995. Tem Doutorado em filosofia, filologia espanhol pela Universidade Autônoma de Madrid 2003, o tema de sua tese: Os traços da cultura islâmica em Don Quixote. É Tradutor espanhol de vários clássicos para o árabe. Das suas obras publicadas: Presente do próximo século (notícias) 1995. Em busca de um Coração Vivo (Teatro) 1997. Deixa distante do Tigre (notícias) 1998. Espalhando migalhas (Romance) 1999 Prêmio Arkansas (EUA) 2002 até a versão em Inglês: (Espalhando Migalhas). As felizes noites do bombardeio (de Narração) 2003. Somos todos viúvos das Respostas (Poesia) 2005. Dedos de dátiles -Título Original (Novela) 2008. Co-editor da revista cultural ALWAH. Atualmente é professor da Universidade Saint Louis, Madri.
Apesar das atribulações vividas pelo povo Iraquiano, Muhsin Al-Ramli encontrou na poesia a sua forma de protesto. Com versos que demonstram a sensibilidade da alma humana, ele transita pelo mundo ocidental levando a cultura árabe, através dos idiomas Espanhol e Inglês. Irei traduzindo futuramente, alguns de seus poemas para o português. A beleza esta em todo lugar, principalmente nas palavras de Muhsin Al-Ramli.
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Não Libertem o Iraque de mim
Esta tinta derramado em sua imprensa
É o sangue do meu país.
Esta inundação de luz nas telas
É o brilho nos olhos das crianças de Basorá.
Esse que esta soluçando nas trevas do seu exílio
Sou eu;
Órfão depois de terem matado os meus pais: Tigre e Eufrates;
Viúvo depois de terem crucificado a companheira de minha alma: Iraque
Ah ... por ti, minha terra: crucificada entre as regiões.
Ai ... de vocês, senhores da guerra
Me escutem:
Não para a festa dos exércitos no telhado da minha casa.
Não ao carrasco que tenham plantado ou que irão plantar.
Não a sua liberdade de bombardear sobre as cabeças da minha gente
Não Libertem o Iraque de mim e nem eu dele.
Eu sou o Iraque.
Minha ervas são as letras e sei o que quero.
Deixe-me eu, a minha Rabeca e sua ausência.
Voltem para os seus filmes por trás do oceano.
Permitam-me que o que resta
dos minaretes, os mausoléus dos meus antepassados,
os túmulos da minha família ...
E bebam copos de petróleo até que vocês fiquem saciados.
Roubando o mel de enxofre e areia do deserto.
Leve seus clientes, com vocês.
Levem ao ditador com todas as partes de vocês que tenham comprado com o meu sangue.
Levem o que quiserem e marchem,
deixa-me só
abatido com os sonhos da minha irmã,
com a queima das palmeiras, nas margens da Mesopotâmia,
com os ossos do meu pai
Com o Chá e lanche.
Deixe-me só
com as canções tristes do Sul,
com a dança decepada do norte
e com o pavão real de Yasidíes.
Deixe-me só
Curando as feridas da minha terra Iraque
Apenas ...
Como Maria ...
Só com a minha solidão ...
Oh meu país: o crucificado entre as regiões.
Know how para animar a sua ressurreição.
Vocês saberão como se renasce de suas cinzas.
Vocês se esqueceram que ele é o criador da Phoenix?
Oh, inferno, para vocês chefes militares
Escutem-me:
Não assustem as nuvem em Bagdá com suas aeronaves.
Não semeiem soldados em nosso jardim.
Não tirem o cafetã de minha mãe.
Não. Não grite para libertar o Iraque de mim ou eu dele.
Eu sou o Iraque.
As aldeias têm florescido de meu abrigo, e sei o que quero.
Deixa-me eu, a minha família e o seu esquecimento.


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Eu e os outros
Eu tenho um jasmim
E o macaco, uma camisa de seda
Tenho um copo de água para mim
E para a América, barris de petróleo
Eu tenho uma mãe
e um vizinho com jasmim na sua janela
E para você, bancos, torres e invejosos
Eu tenho asma e um cigarro
E vocês cobram impostos para o meu ar.

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Aniversário
O meu país é um bolo
E os mísseis são as velas
Os celebrantes são muitos
E o meu sangue é servido em copos
A casa é minha
E a minha família assassinada
Mas será que esta é a festa de aniversário de quem,
Caso você já tenha me matado
antes do meu nascimento?

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ESTÁTUAS
As estátuas estão no meio de fontes
E nós, no meio das cidades
no meio do mundo
Bem, se as estátuas são os nossos brinquedos
Brinquedos de quem somos nós?
E o que jogariam as estátuas
na nossa ausência?
E que fariam se nós andássemos
após desligar os jatos das fontes?

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Após a chuva
Após a Chuva:
Sóis nas nuvens e córregos,
amêndoa doce e avelã,
dedos melados e pão quente.
Após a Chuva:
Minha mãe, meus irmãos
E a nossa casa de barro,
nossas pombas brancas.
Após a Chuva:
Arcos coloridos de paz,
sem braços, sem um presidente.
Após a chuva,
... depois da chuva.

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A única mulher
Sou incapaz de confiscar seu relaxamento
Seus seios giram
para o outro lado.
Você é minha cúmplice em criticar este mundo e
você é feroz,
por isso eu tenho medo de te amar.
Não vou procurar o seu amor
apesar de que o meu amor te busca
e vou perguntar até o dia da minha morte:
Quem é você?
Estou com medo do seu amor,
Não vou procurar o seu amor
apesar de que o meu amor te busca,
mesmo que você seja aquela que eu amo.

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A tristeza


É uma árvore espinhosa


que cresce no coração.


Cresce,


...cresce


e cresce,


até que ela caisua única fruta;


um cadáver apodrecendo


... isso é você.


con Paulo Coelho

1 comentario:

Fátima Pacheco dijo...

me gusto mucho. Veo tu blog con mucho cariño.
Besos y un gran, gran abrazo.